Será que você já se perguntou o porquê de termos tantas versões diferentes da Bíblia? Almeida Corrigida, Almeida Revista e Atualizada, Bíblia de Jerusalém, Nova Versão da Linguagem de Hoje, Nova Versão Internacional, e tantas outras. Qual a razão disso?
Este estudo também está disponível em vídeo no nosso canal no Youtube. Clique aqui para conferir.
Todas as versões já feitas têm sempre o objetivo de facilitar a compreensão e fazer com que as palavras de nosso idioma sejam usadas de maneira a se aproximarem ainda mais da intenção e significados dos textos originais.
Todos sabemos que o idioma é vivo. Isso significa que está constantemente passando por mudanças que acompanham as evoluções do povo que faz uso dele. Mas se palavras novas surgem e nascem, palavras antigas morrem e deixam de ser utilizadas. E é justamente por isso que se faz necessário que novas versões sejam feitas, para que a Palavra seja sempre transmitida de forma clara e objetiva, sem empecilhos.
Fora essa questão da atualização da língua, muitas versões também surgiram para excluir possíveis ambiguidades e erros na tradução. Se você assistiu ao vídeo em que falamos sobre a primeira tradução completa da Bíblia para a língua portuguesa, sabe que o responsável por essa importantíssima tarefa foi João Ferreira de Almeida, mas que, quando publicou sua tradução, muitos erros foram encontrados e corrigidos ao longo do tempo. Em 1990, foi publicada uma edição contemporânea da Bíblia de Almeida, que buscava eliminar arcaísmos, o uso de palavras antigas, e também ambiguidades no texto, o que acaba sendo compreensível já que o trabalho de Almeida foi feito há tantos séculos.
Foi com os mesmos objetivos que surgiram versões como Almeida Revista e Atualizada, e Almeida Corrigida, ou ainda versões como a Bíblia na Linguagem de Hoje, cujo propósito básico é apresentar o texto bíblico em uma linguagem comum e coerente.
Alguns leitores modernos se assustam com essa grande quantidade de versões, afinal, a Bíblia não é uma só? E a reposta é clara: sim, ela é. Mas é extremamente importante que essa Mensagem transformadora seja apresentada com uma linguagem atualizada para que as novas gerações também possam compreendê-la e desfrutar dos seus ensinos.
Chegamos aqui no ponto mais importante a respeito de tantas versões: elas podem atualizar a linguagem utilizada, mas jamais seu conteúdo. Como preservar-se disso?
Dê prioridade para versões feitas por um grupo de estudiosos, e não apenas por uma única pessoa. Dessa forma, é mais difícil que a má compreensão de um indivíduo comprometa algo tão importante. Outro ponto a priorizar é que a versão tenha sido baseada nos textos que estão nas línguas originais, e não que seja uma versão já baseada em outra versão, pois isso poderia causar problemas.
As diferentes versões também podem nos ajudar em nossa compreensão. Por isso, a prática de consultar mais de uma ao estudar, te ajudará a se aprofundar ainda mais em seu entendimento.
Para exemplificarmos isso, mostraremos o mesmo versículo em três versões diferentes. A Almeida Revista e Atualizada é um tipo de tradução literal, ou seja, ela busca trazer o que estava no original. Nela, Eclesiastes 11:1 está da seguinte maneira: “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás.” (Eclesiastes 11:1)
Já na Nova Tradução da Linguagem de Hoje, a NTLH, encontraremos o mesmo versículo da seguinte forma: “Empregue o seu dinheiro em bons negócios e com o tempo você terá o seu lucro.” (Eclesiastes 11:1) Isso acontece porque a NTLH é um tipo de tradução que usa frases e metáforas contemporâneas e que serão bem compreendidas pelos leitores modernos.
Se analisarmos ainda uma última versão, a Bíblia Viva, encontraremos o mesmo versículo assim: “Dê com generosidade o seu pão porque o que você der a outros acabará voltando para você.” (Eclesiastes 11:1)
Percebe como uma versão pode completar a outra e assim nos ajudar a compreender melhor o significado de algo que foi escrito há tantos séculos? O que era claro para os homens e mulheres nos tempos bíblicos com certeza não será claro para nós da mesma forma, se usarmos os mesmos termos.
Se você fala mais de um idioma e já teve a oportunidade de ouvir e compreender uma música em seu idioma original, e depois ouviu a mesma música traduzida para o português, talvez tenha tido a impressão de que a tradução fez a mensagem perder um pouco de sua força ou de seu verdadeiro significado. Será que isso poderia acontecer com a Bíblia?
Bem, se ela fosse um livro comum, sim. Mas sabemos que ela não é. Percorremos um longo caminho até aqui e já pudemos comprovar, de inúmeras formas, como ela foi milagrosamente escrita por homens divinamente inspirados, mas também milagrosamente preservada, chegando até nós com o mesmo poder que possuía quando começou a ser escrita.
É claro que todos os tradutores e estudiosos que se empenharam nessa tão grandiosa tarefa de traduzir as Sagradas Escrituras, fizeram uso de seus dons e conhecimentos intelectuais. Mas sendo homens sérios e temente a Deus, tiveram o mais importante: o favor do Senhor que os ajudou a compreender e transcrever essas palavras.
O mesmo Deus que decidiu se comunicar com seu povo de tantas formas, sendo a Bíblia uma delas, também a preservaria pelo mesmo motivo que a inspirou: o amor e o desejo de trazer o homem para perto e, assim, poder falar com ele.
Com esse vídeo, encerramos nossa série sobre a Bíblia, a Palavra de Deus. Caso você tenha perdido algum vídeo, pode encontrá-lo em uma playlist especial que criamos aqui em nosso canal, chamada “A Palavra de Deus”. Será um prazer te ajudar a se aprofundar em seus conhecimentos sobre esse Livro tão importante, afinal:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” – 2Timóteo 3:16-17
Agora, nos conte aqui nos comentários: qual a versão da Bíblia com a qual você mais se identifica?
Esperamos que este estudo tenha te abençoado e enriquecido seus conhecimentos bíblicos. Até a próxima!